Doença autoimune: como é a reabilitação?

19 de maio de 2022

De acordo com a National Library of Medicine, uma doença autoimune ocorre quando o sistema imunológico ataca células saudáveis ​​dos órgãos e tecidos por engano.


A função do sistema imunológico é nos proteger de doenças e infecções, atacando microrganismos que entram em nosso corpo, como os vírus e bactérias.


No entanto, pode ocorrer deste sistema passar a atacar células do nosso organismo, dando origem a uma série de doenças.


Existem mais de 80 tipos de doenças autoimunes e elas podem afetar quase qualquer parte do nosso corpo. Por exemplo, a alopecia areata é uma doença autoimune da pele que causa queda de cabelo.


A hepatite autoimune afeta o fígado e a diabetes tipo 1 afeta o funcionamento do pâncreas. Já na artrite reumatóide, o sistema imunológico pode atacar muitas partes do corpo, incluindo articulações, pulmões e olhos.


Como a doença autoimune afeta a vida do paciente?


Os sintomas de uma doença autoimune dependem da parte do corpo afetada.


Muitos tipos de doenças autoimunes causam vermelhidão, inchaço, calor e dor, que são os sinais e sintomas da inflamação.


No entanto, esses são sintomas de diversos outros problemas de saúde e, por isso, é necessário estar atento e fazer um diagnóstico preciso.


Além disso, os sintomas das doenças autoimunes podem ir e vir e, durante um surto, os sintomas podem ficar graves por um tempo.


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Então, o paciente pode ter uma remissão, ou seja, um período no qual os sintomas melhoram ou desaparecem.


Apesar de existirem inúmeras doenças autoimunes, a maior parte da literatura disponível envolvendo reabilitação aborda a artrite reumatóide (AR) e a esclerose múltipla (EM).


Quais as principais sequelas que uma doença autoimune pode causar?


As doenças autoimunes podem gerar complicações graves que variam conforme a doença e as condições do paciente, mas algumas das mais comuns incluem:


Doença cardíaca: condições que causam inflamação, como lúpus e artrite reumatóide, podem afetar o coração.


Distúrbios do humor: dor e fadiga de longo prazo, que são sintomas de muitas doenças autoimunes, são frequentemente associadas à depressão e ansiedade.


Neuropatia: danos nos nervos ou neuropatia podem se desenvolver com muitos distúrbios autoimunes, incluindo artrite reumatóide e síndrome de Sjögren. Isso pode levar a sensação de dormência e fraqueza nos braços ou pernas.


Trombose venosa profunda: algumas doenças, como a colite ulcerativa e a doença de Crohn, levam a um risco aumentado de desenvolver coágulos sanguíneos. Esses coágulos podem viajar para os pulmões e causar um bloqueio, conhecido como embolia pulmonar.


Danos aos órgãos: doenças autoimunes que danificam órgãos específicos podem causar impactos significativos se não as tratarmos adequadamente. Por exemplo, diabetes tipo 1 pode causar insuficiência renal.


Quais as terapias que podemos adotar para a reabilitação das doenças autoimunes? 


A definição das terapias, bem como o tempo necessário, ocorrerá com base em uma avaliação específica de cada caso.


Assim, os componentes essenciais de uma reabilitação bem-sucedida incluem:


  • Avaliação multidisciplinar especializada;
  • Elaboração de programas orientados a metas adotando medidas com resultados cientificamente sólidos e que incorporem a perspectiva do paciente;
  • Definição de terapias clinicamente apropriadas.


Muitas vezes, ocorre que as evidências que sustentam a definição dos programas orientados a objetivos geralmente são baseadas em opiniões de especialistas.


Com essa dificuldade de obtenção de dados na literatura científica em relação ao tema, a generalização de quais práticas adotar é limitada.


Dito isso, fica evidente a necessidade de avaliar cada caso de maneira individualizada para definir como será a reabilitação.


Para tal, devemos levar em consideração fatores como: qual a doença e o grau de evolução, o impacto na qualidade de vida, quais são os anseios e condições de acesso às possíveis terapias que o paciente tem.


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Com base nisso, podemos propor uma série de medidas, por exemplo:


  • Fisioterapia;
  • Acupuntura;
  • Adequação da alimentação;
  • Suplementação;
  • Cuidados com a qualidade do sono;
  • Prática de atividade física com supervisão do educador físico.


Sabemos que um componente fundamental para o tratamento em um programa de reabilitação precoce é a inclusão de exercícios de fortalecimento muscular e aeróbicos com uma avaliação rigorosa dessas atividades para remissão da doença, além da educação do paciente e seus cuidadores.


No entanto, é essencial que fique claro que, dada a ampla gama de doenças autoimunes existentes e as muitas opções de tratamento, o ideal é procurar um médico especialista para avaliar seu quadro e propor aquilo que é mais indicado para você.


Acredite, apesar de muitas vezes parecer difícil, é possível viver com mais qualidade de vida e bem-estar.


Procure ajuda especializada!


Formação Dr. André Kirihara

  • Graduado na Faculdade de Medicina de Jundiaí;
  • Residência em Medicina Física e Reabilitação no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP);
  • Especialista pela Sociedade Brasileira de Medicina Física e Reabilitação (SBMFR);
  • Preceptor na Especialidade de Medicina Física e Reabilitação no HCFMUSP nos anos de 2015 e 2016;
  • Certificação em Tratamento por Ondas de Choque pela Sociedade Médica Brasileira de Tratamento por Ondas de Choque (SMBTOC) e pela International Society of Medical Shockwave Treatment (ISMST);
  • Membro Efetivo da SMBTOC e ISMST desde 2015;
  • Médico Assistente do Ambulatório de Pesquisa em Tratamento por Ondas de Choque do Instituto de Medicina de Reabilitação (IMREA) do Hospital das Clínicas da USP / Rede Lucy Montoro;
  • Médico da Axis Clínica de Coluna.
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