Como diminuir a dor de cabeça?

15 de fevereiro de 2022

A dor de cabeça é a forma mais comum de dor e, segundo a National Institute of Neurological Disorders and Stroke, quase todo mundo já teve este incômodo.


Esta é uma das principais razões pelas quais as pessoas perdem dias no trabalho, na escola ou visitam o médico.


O tipo mais comum de dor de cabeça é a cefaléia tensional causada, principalmente, por músculos tensos nos ombros, pescoço, couro cabeludo e mandíbula.


Geralmente, está relacionada ao estresse, depressão ou ansiedade e é mais provável que um paciente tenha esta dor se trabalhar demais, não dormir o suficiente, perder refeições ou usar álcool.


Outros tipos comuns de dores de cabeça incluem enxaquecas, dores de cabeça em salvas e dores de cabeça sinusais.


A maioria das pessoas pode se sentir muito melhor fazendo mudanças no estilo de vida, aprendendo maneiras de relaxar e tomando analgésicos.


Além da dor, o paciente pode ter outros sintomas associados? Quando procurar um médico?


Quase todo mundo tem dores de cabeça e muitos não precisam se preocupar.


No entanto, se as dores de cabeça atrapalharem as atividades, trabalho ou vida pessoal, é hora de consultar seu médico.


Isso porque, algumas vezes elas alertam para um distúrbio mais sério. Assim, é preciso estar atento a algumas características da dor e sintomas associados, por exemplo:


  • Dor de cabeça muito forte e repentina;
  • Dor após uma lesão na cabeça ou queda;
  • Febre, torcicolo, erupção cutânea, confusão, convulsões, visão dupla, fraqueza, dormência ou dificuldade para falar;
  • Dor que piora, apesar do tratamento.


Esses sintomas sugerem uma condição mais grave, por isso é importante obter um diagnóstico e tratamento imediatos.


Nem sempre será possível evitar a dor, mas podemos ajudar no controle dos sintomas.


Quais medidas o paciente pode ter no dia a dia para lidar ou reduzir a dor?


De acordo com a American Migraine Foundation, existem alguns passos simples que podemos tomar para fazer uma higiene da dor de cabeça.


Ou seja, podemos cuidar do nosso organismo de uma maneira que reduza a probabilidade, a frequência, a intensidade e a gravidade das dores de cabeça.


E então, você pode se perguntar se isso seria possível. De fato é! Muitos fatores de estilo de vida influenciam a enxaqueca e outras condições de dor de cabeça. Portanto, cuidar desses hábitos pode ajudar a reduzir o risco de crises mais graves.


Seguem algumas orientações importantes:


Mantenha padrões regulares de sono - vá dormir e acorde no mesmo horário todos os dias;


Exercite-se regularmente – para se ter uma ideia, o exercício aeróbico por pelo menos 30 minutos, três vezes por semana, ajudará a reduzir a frequência ou a gravidade da enxaqueca;


Faça refeições regulares - não pule refeições e tome um café da manhã bom e saudável;


Reduza o estresse – evite conflitos e resolva situações com calma. Algumas pessoas acham útil fazer uma “pausa do estresse” diária;


Evite gatilhos conhecidos – existem situações que sabemos que nos causam dor de cabeça e isso pode variar para cada pessoa, por exemplo:


  • Tomar café ou bebida alcoólica;
  • Ter uma alimentação gordurosa;
  • Sentir algum perfume forte;
  • Dormir demais ou dormir pouco;
  • Trabalhar sobre pressão;
  • Ouvir barulhos muito altos por longo período.


Como é feito o diagnóstico para identificar a causa da dor de cabeça?


Normalmente, podemos diagnosticar e recomendar medicamentos a partir da análise clínica do paciente.


Na maioria dos casos, as tomografias ou ressonâncias magnéticas não serão capazes de identificar problemas de modo a ajudar a controlar os sintomas da dor de cabeça.


Para se ter uma ideia, apenas 4% das pessoas que vão ao médico por causa de dores de cabeça recebem o diagnóstico de enxaqueca e os exames e imagem não conseguem mostrar a causa do problema.


Na maioria dos casos, se o padrão de dor de cabeça do paciente permaneceu o mesmo por meses ou anos, é muito improvável que as dores ocorram por uma condição médica grave.


Isso porque, se a dor fosse causada por algo perigoso, os sintomas não permaneceriam os mesmos por um longo período de tempo.


No entanto, esses exames são muito úteis em casos de dor de cabeça muito forte e ajudam a diagnosticar algum problema sério.


Mas, felizmente, a maioria das dores de cabeça não é causada por condições perigosas!


Quais são os principais tratamentos para a dor de cabeça? 


Existem diversas opções de tratamento para dor de cabeça e isso irá depender do tipo da dor e quadro clínico do paciente. Podemos citar as principais opções:


Abordagens psicológicas e físicas


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Acupuntura


Sabemos que seu benefício pode ser devido a fatores inespecíficos, como por exemplo, expectativas, crenças e respostas placebo ao invés de efeitos específicos do agulhamento.


Biofeedback 


Alguns estudos indicam que técnicas baseadas em biofeedback podem ser úteis para dores de cabeça tensionais e enxaquecas, mas nem todos os resultados das pesquisas concordam.


Massagem, técnicas de relaxamento, manipulação da coluna vertebral e tai chi


As evidências são muito limitadas ou inconsistentes para permitir que conclusões acerca da eficácia destes métodos.


Suplementação


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Butterbur 


Também conhecida como petasite ou chapéu de aba larga, este suplemento parece ajudar a reduzir a frequência de enxaquecas em adultos e crianças. Em 2012, a Academia Americana de Neurologia recomendou seu uso para prevenir enxaquecas.


No entanto, parou de recomendá-lo em 2015 devido a sérias preocupações sobre uma possível toxicidade hepática.


Coenzima Q10


Uma revisão de 6 estudos em 2021 (totalizando 371 participantes) nos quais os efeitos do uso da coenzima Q10 foi comparada com o uso de um placebo (uma substância inativa) mostrou que a coenzima Q10 pode ajudar a reduzir a duração e a frequência das enxaquecas, mas não sua gravidade.


Como a quantidade de evidências e o tamanho dos efeitos observados nos estudos foram pequenos, ainda há incertezas sobre se esta substância é útil para enxaquecas.


Além disso, não foram relatados efeitos colaterais graves da coenzima Q10, mas sabe-se que ela pode interagir com alguns medicamentos, incluindo a varfarina e a insulina.


Ômega 3


Uma análise publicada em 2021 aproveitou os dados coletados durante um grande estudo no qual mais de 25.000 pessoas de meia-idade foram aleatoriamente designadas para receber o ômega-3 ou placebos por 5 anos para testar seus efeitos no risco de desenvolver doenças cardíacas e câncer.


Destes, um total de 1.032 participantes relataram um histórico de provável enxaqueca e responderam a perguntas sobre mudanças na frequência e gravidade da dor. Os resultados mostraram que a suplementação de ômega-3 não afetou a frequência ou gravidade da enxaqueca.

 


Como vimos, diversas podem ser as práticas adotadas para controlar a frequência e intensidade das dores de cabeça.


No entanto, devemos avaliar os casos individualmente, pois cada paciente terá um quadro clínico e estilo de vida distintos.


Então, se você sofre com dores de cabeça, o ideal é procurar um especialista para avaliar seu caso e indicar o tratamento mais adequado para você!


Formação Dr. André Kirihara

  • Graduado na Faculdade de Medicina de Jundiaí;
  • Residência em Medicina Física e Reabilitação no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP);
  • Especialista pela Sociedade Brasileira de Medicina Física e Reabilitação (SBMFR);
  • Preceptor na Especialidade de Medicina Física e Reabilitação no HCFMUSP nos anos de 2015 e 2016;
  • Certificação em Tratamento por Ondas de Choque pela Sociedade Médica Brasileira de Tratamento por Ondas de Choque (SMBTOC) e pela International Society of Medical Shockwave Treatment (ISMST);
  • Membro Efetivo da SMBTOC e ISMST desde 2015;
  • Médico Assistente do Ambulatório de Pesquisa em Tratamento por Ondas de Choque do Instituto de Medicina de Reabilitação (IMREA) do Hospital das Clínicas da USP / Rede Lucy Montoro;
  • Médico da Axis Clínica de Coluna.
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