Tratamento para síndrome do túnel do carpo
A síndrome do túnel do carpo é uma condição que pode gerar incômodos significativos nas mãos e nos dedos e demanda tratamento especializado.
Segundo o United Kingdom National Health Service (NHS.UK), o túnel do carpo é um canal na região do punho que tem como seus limites anatômicos os ossos da mão e o ligamento transverso.
Por esse canal, passam o nervo mediano e nove tendões responsáveis pela flexão dos dedos.
Assim, caso o nervo mediano sofra alguma pressão nesta região, temos o que chamamos de síndrome do túnel do carpo.
Esta é uma condição que provoca formigamento, dormência e dor nas mãos e nos dedos e pode levar meses para melhorar, caso o paciente não procure auxílio médico.
Quais as causas da doença?
Esta síndrome ocorre quando o espaço no túnel do carpo é reduzido e comprime o nervo mediano. Diversos podem ser os motivos para que isso ocorra, por exemplo:
- Sobrepeso ou obesidade;
- Gravidez;
- Executar trabalhos manuais que exijam que o paciente dobre repetidamente o pulso ou agarre objetos com força, por exemplo, utilizar ferramentas vibratórias;
- Ter artrite ou diabetes;
- Hereditariedade, ou seja, ter o pai ou a mãe com a doença;
- Lesões prévias no pulso.
Quais os principais sintomas da síndrome do túnel do carpo? Quando procurar um especialista?
Diversos podem ser os sintomas desta síndrome, por exemplo:
- Dor nos dedos, mão ou braço;
- Mãos dormentes;
- Formigamento ou sensação de agulhadas;
- Polegar fraco ou com dificuldade em segurar.
Geralmente, os sintomas começam mais amenos e o paciente pode ter momentos de alívio. Além disso, eles costumam ser piores à noite.
Dessa maneira, é essencial procurar o médico quando os incômodos não cessarem ou piorarem mesmo após repouso e medidas caseiras para aliviá-los.
Como fazemos o diagnóstico?
Quando o paciente chega no consultório com queixas de incômodo nas mãos, buscamos compreender os sintomas e realizar um exame físico detalhado.
Além disso, poderemos solicitar exames de imagem para confirmar o diagnóstico, como a ultrassonografia.
Como é o tratamento para a síndrome do túnel do carpo?
Iniciamos o tratamento desta condição com medidas não cirúrgicas, por exemplo:
- Uso de tala de pulso à noite;
- Uso de anti-inflamatórios;
- Exercícios e tratamentos térmicos recomendados pelo terapeuta;
- Aplicação de injeções de cortisona.
Além disso, outros tratamentos se concentram em adaptar o ambiente de trabalho para eliminar as possíveis causas do problema. Assim, algumas medidas que podem ajudar são:
- Levantar ou abaixar a cadeira;
- Mover o teclado do computador;
- Fazer pausas e mudar a posição da mão/pulso durante as atividades.
No entanto, caso estes tratamentos não proporcionem alívio dos sintomas, poderemos encaminhar o paciente para um ortopedista especialista em cirurgia da mão para discutir o tratamento cirúrgico.
Existem medidas para prevenir a doença?
Existem uma série de medidas que podem ajudar na prevenção da síndrome do túnel do carpo, por exemplo:
- Dormir com os pulsos retos;
- Manter os pulsos retos ao usar ferramentas;
- Diminuir os exercícios repetitivos, principalmente em posição flexionada;
- Fazer pausas frequentes para descanso de atividades repetitivas;
- Realizar exercícios de condicionamento e alongamento antes e após as atividades.
Além disso, é importante monitorar e tratar adequadamente as condições médicas relacionadas à síndrome do túnel do carpo.
Procurar um médico especialista será essencial para te ajudar a adotar o tratamento adequado e recuperar sua qualidade de vida.
Então, não deixe sua saúde para depois!
Formação Dr. André Kirihara
- Graduado na Faculdade de Medicina de Jundiaí;
- Residência em Medicina Física e Reabilitação no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP);
- Especialista pela Sociedade Brasileira de Medicina Física e Reabilitação (SBMFR);
- Preceptor na Especialidade de Medicina Física e Reabilitação no HCFMUSP nos anos de 2015 e 2016;
- Certificação em Tratamento por Ondas de Choque pela Sociedade Médica Brasileira de Tratamento por Ondas de Choque (SMBTOC) e pela International Society of Medical Shockwave Treatment (ISMST);
- Membro Efetivo da SMBTOC e ISMST desde 2015;
- Médico Assistente do Ambulatório de Pesquisa em Tratamento por Ondas de Choque do Instituto de Medicina de Reabilitação (IMREA) do Hospital das Clínicas da USP / Rede Lucy Montoro;
- Médico da Axis Clínica de Coluna.
