Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), a artrose também recebe o nome de osteoartrite, osteoartrose ou doença articular degenerativa.
Esta é uma doença que se caracteriza pelo desgaste da cartilagem articular e por alterações ósseas, entre elas os osteófitos, conhecidos popularmente como “bicos de papagaio”.
Quase todas as articulações podem ser afetadas pela artrose, mas a condição geralmente causa problemas nos joelhos, quadris e pequenas articulações das mãos.
No conjunto das doenças agrupadas sob a designação de “reumatismos”, esta é a mais frequente, representando cerca de 30 a 40% das consultas em ambulatórios.
Além disso, ainda de acordo com a SBR, a artrose é responsável por 7,5% de todos os afastamentos do trabalho, sendo a segunda doença entre as que justificam o auxílio-inicial, a segunda também em relação ao auxílio-doença (em prorrogação) e a quarta doença a determinar aposentadoria.
No geral, a artrose se desenvolve mais em mulheres. No entanto, isso pode variar conforme o local do corpo que a doença ocorre.
Por exemplo, a artrose nas mãos e joelhos costuma ocorrer mais em mulheres e na articulação coxofemoral (do fêmur com a bacia) em homens.
Esta é uma doença que tem maiores chances de ocorrer com o passar dos anos, sendo pouco comum antes dos 40 anos e mais frequente após os 60 anos.
Por volta dos 75 anos, 85% das pessoas têm evidência radiológica ou clínica da doença, mas somente 30 a 50% dos indivíduos com alterações observadas nas radiografias queixam-se de dor crônica.
A artrose pode ser uma doença que ocorre sem uma causa conhecida (artrose primária) ou com um motivo específico (artrose secundária).
Diversos podem ser os fatores que desencadeiam a doença, como por exemplo, defeitos das articulações e até alterações do metabolismo.
Além disso, a participação da hereditariedade é importante, principalmente em casos mais específicos, como os nódulos dos dedos das mãos, chamados de nódulos de Heberden (na junta da ponta dos dedos) ou Bouchard (na junta do meio dos dedos).
Segundo a United Kingdom National Health Service (NHS.UK), outros fatores de risco são:
Lesão articular - uso excessivo de sua articulação quando ela não teve tempo suficiente para cicatrizar após uma lesão ou operação;
Idade - o risco de desenvolver a doença aumenta à medida que envelhecemos;
História familiar - a artrose pode ser hereditária, embora os estudos não tenham identificado um gene responsável;
Obesidade – o peso extra exerce pressão excessiva sobre as articulações, especialmente aquelas que suportam a maior parte do corpo, como joelhos e quadris;
Ser mulher – esta é uma doença mais comum em mulheres do que em homens.
Os principais sintomas da doença são dores, rigidez e problemas de movimentação das articulações.
Algumas pessoas apresentam também outros sintomas, como por exemplo:
A gravidade dos sintomas da osteoartrite pode variar muito de pessoa para pessoa e conforme a articulação afetada.
Para alguns pacientes, os sintomas podem ser leves e ir e vir. Já em alguns casos, o paciente pode ter problemas mais contínuos e graves que dificultam a realização das atividades cotidianas.
Será essencial procurar um especialista se o paciente tiver sintomas persistentes. Somente assim poderemos confirmar o diagnóstico e prescrever o tratamento necessário.
Para ajudar a determinar se o paciente possui artrose, fazemos uma análise dos sintomas e examinamos as articulações.
Normalmente, suspeitamos da doença quando o paciente:
Então, se os sintomas forem ligeiramente diferentes, isso poderá indicar outra condição articular. Por exemplo, a rigidez articular prolongada pela manhã pode ser um sinal de artrite reumatóide.
Geralmente, os exames de imagem não são necessários, mas podemos solicitá-los para descartar outras doenças possíveis, como a artrite reumatóide ou a fratura óssea.
Infelizmente, esta é uma condição de longo prazo e não pode ser curada. No entanto, existem diversos tratamentos disponíveis para reduzir os sintomas.
Algumas vezes, os sintomas leves poderão ser controlados com medidas simples, por exemplo:
Todavia, se os sintomas forem mais graves, podemos indicar tratamentos adicionais com uso de analgésicos e um plano de exercícios estruturado com um fisioterapeuta ou educador físico.
Em um pequeno número de casos nos quais esses tratamentos não ajudam a controlar os sintomas ou em situações em que os danos nas articulações são particularmente graves, podemos indicar procedimentos mais invasivos para alívio dos sintomas.
Além disso, a cirurgia para reconstruir, fortalecer ou substituir uma articulação danificada pode ser necessária.
Não é possível prevenir totalmente a osteoartrite. No entanto, podemos minimizar o risco de desenvolver a doença evitando lesões e levando um estilo de vida saudável.
Exercício
É importante evitar exercícios que sobrecarregam as articulações e as force a suportar uma carga excessiva, como por exemplo, a corrida e a musculação em excesso.
Em vez disso, podemos indicar exercícios como natação e ciclismo, onde a tensão nas articulações é mais controlada.
Além disso, é importante praticar pelo menos 150 minutos de atividade aeróbica moderada todas as semanas, bem como executar exercícios de força em 2 ou mais dias da semana para fortalecer os principais grupos musculares.
Postura
Manter uma boa postura em todos os momentos e evitar ficar na mesma posição por muito tempo também pode ajudar a prevenir os danos nas articulações.
Se o paciente trabalha de home office, recomendamos que a cadeira esteja na altura correta e que ele faça pausas regulares para se movimentar.
Perdendo peso
Caso o paciente esteja acima do peso, emagrecer pode ajudar a diminuir a sobrecarga nas articulações e, consequentemente, reduzir as chances de desenvolver a doença.
Sabemos que muitos pacientes buscam o consultório para saber se a artrose tem cura.
No entanto, o fato desta doença não poder ser curada não quer dizer que não existam tratamentos que proporcionem maior qualidade de vida ao paciente.
Então, não deixe de se cuidar! Procure um médico especialista para fazer o diagnóstico adequado e adotar as medidas corretas para seu caso.
Preencha o formulário abaixo e aguarde nosso atendimento!
DR. ANDRÉ KIRIHARA
Graduado na Faculdade de Medicina de Jundiaí e Residência em Medicina Física e Reabilitação no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP). Também é Especialista pela Sociedade Brasileira de Medicina Física e Reabilitação (SBMFR).
ESPECIALIDADES
Fisiatria
Ondas de Choque
Tratamentos
ACESSO RÁPIDO
Início
Especialidades
Artigos
Dr. André Kirihara - CRMSP 150083 | RQE 53202 - Este site obedece as orientações do Conselho Federal de Medicina e do Código de Ética Médica, que proíbe a apresentação de fotos de pacientes, resultados ou procedimentos. As informações nele contidas podem variar conforme cada caso e representam apenas uma ideia genérica do atual estágio das técnicas apresentadas, não substituindo, em hipótese alguma, uma consulta médica tradicional e muito menos representando promessas de resultados. Desenvolvido por HUMAN MKT