Geralmente, o próprio paciente consegue adotar medidas que amenizem a dor, mas é essencial consultar um médico se ela não melhorar em até 2 semanas.
A fascite plantar ocorre devido a tensão na fáscia plantar, estrutura que conecta o osso do calcanhar aos dedos dos pés.
No entanto, nem sempre conseguimos saber os reais motivos para isso acontecer, apesar de existirem algumas possíveis causas:
A fascite plantar, geralmente, causa dor aguda na planta do pé, perto do calcanhar.
Esta dor costuma ser pior nos primeiros passos logo após o despertar, embora também possa ocorrer quando o paciente se levanta depois de um certo tempo sentado, bem como após passar longos períodos em pé.
Além disso, a dor costuma ser pior após o exercício e não durante ele.
Quando o paciente chega no consultório com queixas de dor na região, buscamos compreender bem todos os sintomas e discutir as preocupações que ele apresenta.
Além disso, examinamos o pé do paciente em busca de alguns sinais, por exemplo:
Ademais, poderemos solicitar exames de imagem para confirmar o diagnóstico, excluindo outras possíveis doenças ou lesões.
Normalmente, os raios X fornecem imagens nítidas dos ossos e são úteis para descartar outras causas de dor no calcanhar, como fraturas, artrite ou esporão.
Outros exames de imagem, como ressonância magnética e ultrassom, não são usados rotineiramente para diagnosticar a fascite plantar.
O uso da ressonância magnética pode ocorrer caso a dor no calcanhar não alivie com os métodos de tratamento iniciais.
Mais de 90% dos pacientes com fascite plantar melhoram após o início do tratamento com métodos não cirúrgicos.
Assim, as principais opções de tratamentos que podemos adotar são:
Descanso
Diminuir ou mesmo interromper as atividades que pioram a dor é o primeiro passo para reduzi-la.
Assim, caso o paciente pratique atividades que gerem impactos na sola dos pés, como corrida ou aeróbica com step, precisará interromper as atividades até que a recuperação ocorra.
Gelo
Fazer compressas de gelo ajuda a amenizar a dor e a inflamação.
Por exemplo, rolar o pé sobre uma garrafa de água fria ou com gelo por 10 minutos pode ser muito eficaz.
A recomendação é realizar a compressa de 3 a 4 vezes ao dia.
Medicamento anti-inflamatório não esteroidal
Alguns medicamentos, reduzem a dor e a inflamação.
No entanto, caso o medicamento não seja suficiente e seu uso se prolongue por mais de 2 semanas, será preciso consultar o médico especialista.
Exercício
A fascite plantar é agravada por músculos tensos nos pés e panturrilhas. Então, fazer alongamentos é a maneira mais eficaz de aliviar a dor que vem com essa condição.
Injeções de cortisona
A cortisona é um poderoso medicamento anti-inflamatório. Assim, podemos injetá-la na fáscia plantar para reduzir a inflamação e a dor.
Todavia, é essencial limitar a quantidade de injeções já que elas podem causar a ruptura (rasgo) da fáscia plantar, o que provocaria dor crônica é uma condição que chamamos de pé chato.
Sapatos e órteses de apoio
Sapatos com sola grossa e amortecimento extra podem reduzir a dor ao ficar em pé e caminhar.
Isso porque, conforme caminhamos, nosso calcanhar atinge o solo e uma quantidade significativa de tensão é colocada na fáscia, o que pode causar microtraumas (pequenos rasgos no tecido).
Assim, um sapato ou palmilha acolchoados reduzem essa tensão. Por exemplo, os calcanhares macios de silicone são baratos e funcionam elevando e amortecendo o calcanhar.
Órteses pré-fabricadas ou personalizadas (inserções de sapatos) também podem ser úteis.
Talas noturnas
A maioria das pessoas dormem com os pés apontados para baixo. Isso encurta a fáscia plantar e é uma das razões para a dor no calcanhar matinal.
Então, o uso de uma tala noturna pode ajudar a alongar a fáscia plantar enquanto dormimos.
Embora possa ser incômodo dormir com a tala, ela pode ser eficaz e o paciente não precisará utilizá-la depois que a dor passar.
Fisioterapia
Podemos indicar a fisioterapia que contemple um programa de exercícios concentrados no alongamento dos músculos da panturrilha e da fáscia plantar.
Além disso, um programa de fisioterapia pode envolver compressas de gelo, meios físicos e massagens para diminuir a inflamação ao redor da fáscia plantar.
Terapia por ondas de choque extracorpórea (ESWT)
Durante este procedimento, os impulsos de ondas de choque de alta energia estimulam o processo de cura no tecido lesionado da fáscia plantar.
Lembrando que este não é um procedimento invasivo, ou seja, não requer uma incisão cirúrgica.
Devido ao baixo risco envolvido com essa terapia, podemos tentar sua execução antes de considerar a cirurgia.
Consideramos a cirurgia apenas após 12 meses de tratamento não cirúrgico sem sucesso.
Então, fazemos a liberação total ou parcial da fáscia plantar, a depender de cada caso.
Durante a cirurgia, o ligamento da fáscia plantar é parcialmente cortado para aliviar a tensão no tecido. Além disso, caso o paciente tenha um esporão ósseo, ele também será removido.
Embora a cirurgia possa ser realizada por endoscopia, este procedimento acaba sendo mais difícil do que com a incisão aberta. Além disso, a endoscopia apresenta um risco maior de danos aos nervos.
Vale ressaltar que nenhuma cirurgia está isenta de complicações. Então, como principais riscos deste procedimento podemos citar o alívio incompleto da dor e danos aos nervos.
Dessa forma, recomendamos a cirurgia somente após o esgotamento de todas as medidas não cirúrgicas.
Depois de iniciar o tratamento, o paciente terá uma melhora significativa em média até 10 meses. O retorno às atividades ocorrerá neste período de forma gradual e comedida.
Vale destacar que ignorar a fascite plantar e continuar com a rotina normal pode resultar em dor crônica no calcanhar, o que irá gerar problemas maiores com o passar do tempo.
Além disso, as alterações na forma de andar para aliviar a dor da fascite plantar também podem causar problemas nos pés, joelhos, quadris ou costas.
O ideal será não postergar a ida ao médico ao sentir dores e incômodos nos pés. Somente assim, poderemos fazer um diagnóstico apropriado e iniciar o tratamento mais indicado para cada caso!
Preencha o formulário abaixo e aguarde nosso atendimento!
DR. ANDRÉ KIRIHARA
Graduado na Faculdade de Medicina de Jundiaí e Residência em Medicina Física e Reabilitação no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP). Também é Especialista pela Sociedade Brasileira de Medicina Física e Reabilitação (SBMFR).
ESPECIALIDADES
Fisiatria
Ondas de Choque
Tratamentos
ACESSO RÁPIDO
Início
Especialidades
Artigos
Dr. André Kirihara - CRMSP 150083 | RQE 53202 - Este site obedece as orientações do Conselho Federal de Medicina e do Código de Ética Médica, que proíbe a apresentação de fotos de pacientes, resultados ou procedimentos. As informações nele contidas podem variar conforme cada caso e representam apenas uma ideia genérica do atual estágio das técnicas apresentadas, não substituindo, em hipótese alguma, uma consulta médica tradicional e muito menos representando promessas de resultados. Desenvolvido por HUMAN MKT